sexta-feira, 20 de maio de 2011

Bailar



Eu já tinha garantido que nada me abalaria, então porque me abalo assim ?
Porque me toca? Porque me faz sentir frio?
Estamos todos sob o mesmo céu.

Estamos parados e esperando o teatro acontecer, então deixe as cortinas abrirem, deixe as asas se libertar !
Me forço para que saiam e não quebrem.
Estamos abaixo da mesma lua, então estamos próximos e tudo é possível.
Me recolho, a idéia está distante.

Ah ... Fumaça.
Vejo seu bailar sob minha cabeça e imagino sua dança solitária
que se espalha e não vai a lugar algum.
Então gire cabeça, me faça sonhar e sair daqui se meus pés não podem estar longe.

E a lua continua a nos guiar parada, distante e reveladora.
Então gire, mexa-se, ganhe uma vida mórbida!
Profundo demais, cavar e encontrar . O que?
- Não sei, não encontro, há apenas devaneios.

Gire e caia, mas parado. Mexa-se, enlouqueça com toda sua sanidade !
Nada e nada mais uma vez. Apenas idiotices de quem busca o caminho de casa.
- Mas já não tenho tal casa!
- Pois então conviva com isso.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Rejeitos



Meu pensamento voa longe, minha cabeça dói,minhas pílulas não estão mais agindo.
Meu organismo me rejeita , engolir as idéias do meu outro eu me enjoa e sinto ânsias, quero me cuspir.
Quero rasgar com meus dentes todas santas emoções e vomitar os bagaços do rejeito.
Meus desejos dormem, minhas vontades não me guiam e meus instintos percorrem minhas veias mas eu não sei disso.
E é gritante, mas estou surda.

Respostas




Minhas mãos tremem e balançam tudo que seguro, que segurava.
Meu medo escorre pelos olhos, mas secos, e eu não os sinto mais.
Minha cabeça pesa, talvez pela culpa que sinto por agir sem ter um ponto fixo.
Sinto o frio batendo na minha pele que se arrepia e não me passa o tocar dos ventos, e eu queimo.
Seria um anjo queimado? Um diabo congelado ?
Seriam as polaridades se debatendo e procurando encontrar em vão são equilíbrio?
E eu procuro um apoio, um apoio, um apoio por favor.
Correndo contra o tempo, contra mim.
Engulo lâminas e farpas pra simplesmente sentir e não sinto o esperado. E eu sinto demais !
...E sinto de menos o que deveria sentir.
Sou um erro, um arranhão em um muro que tudo confina .
Me contradigo, me movo e repito.
Repito, me movo e me contradigo.


''(...)Aleatoriamente desordenada.''

terça-feira, 17 de maio de 2011

Ciclo



Ah, e como podem tirar tudo assim?
Como podem interferir de tal maneira em algo inexistente ou existente demais?
Como saber se existe ou não? Se é mente ou realidade?
Estagnando , apagando , consumindo, engolindo e dilacerando.
Partindo, e recomeçando.
Num ciclo, um ciclo.

Dualidades -1



 "Eu era tudo, e eu era o nada ao mesmo tempo. Era o extremo, o interno e o externo, o grito e a calmaria, tão solitário e devastador, sozinho, em mim mesmo. Era o grito. Era o grito. (...) E eu precisava. Pra onde fugir quando o que se quer é perder-se de si mesmo? Agonizante, inconstante ’’

Inércia





Mexer é tão complicado e pensar está cansando.
Parar me incomoda. O que há de errado ?
A falta do sentir-se abrigada dilacera.
Vou me enganar até onde der, alguma vez precisa ser real.
Coração vazio de demonstrações de afeto e cheio de idéias.
Coisas loucas ditas são defeitos em ouvidos alheios.
Cale-se !

Aflição Noturna




Meus vacilos vão se tornando constantes
ou simplesmente os noto por estar aflita?
Meus sonhos se dilaceram, levam consigo o pouco da paz que me resta.
E já não tenho nada.

Me encontro aqui.
E aqui, nas noites que são solitárias e trazem frieza e solidão,
me enquadro. Me sinto entre os meus :
- Os inexistentes.

O espaço é vago, o delírio é tênue.
Pertence aos esquecidos
aos que enxergaram que o pouco é o que dura quando se queria mais. 
Mais esse que seria o simplesmente se sentir abrigado.

Sou um risco para mim mesma, talvez pela dosagem.
Posso ser a cura pra algo que sofro e não sei em que classe adentrar,
Sofro na dosagem, no meu extremismo.

Sou mais do que se pode, e menos do que devo.
E me culpo, não me acho merecedora.
A ignorância seria um dom .